Eleanor e Park é um romance, escrito pela norte-americana Rainbown Orwell. Publicado pela editora novo século em fevereiro de 2014.
Esse foi um dos livros que comprei pela capa, me julguem por isso, e também por ter uma dedicatória do John Green logo de início, e como já citei por aqui, ele é um dos meus escritores favoritos e não abro mão de ler tudo aquilo que escreve. Em sua dedicatória John Green diz: “Eleanor & Park me lembrou não apenas de como é ser jovem e apaixonado por uma garota, mas também, de como é ser jovem e apaixonado por um livro”. Digo que ele tem todo razão, apesar de ter enrolado horrores pra começar o livro, quando peguei pra ler foi algo incrível, era como eu estivesse em sintonia com cada palavra, me senti realmente um leitor espectador, e até mesmo um figurante do livro, que está ali o momento todo, observando todas as cenas.
A leitura é rápida, daquelas que você pega e vai embora. Apesar de ser um livro leve de ler, e a escrita da Rainbown me agradou muito, e entrou pra lista dos queridinhos (hehe), demorei um pouco pra terminar, por estar com a mente bem ocupada de outras coisas, mas digo, vale super a pena ler.
Agora falando sobre o livro: Eleanor é uma garota ruiva que se acha gorda, vem de uma família nada fácil, não possui muitas condições financeiras, usa roupas largas e grandes. Park é descendente de coreano, tem um lado familiar diferente de Eleanor e adora músicas e quadrinhos. Conheceram num ônibus escolar, e eram parceiros de poltrona, de início eles não se comunicam, mas não demora muito e Park muda a situação colocando quadrinho de X-Man e Watchman sobre a poltrona de Eleanor, e assim começam uma comunicação. Digamos que ele é o tipo fofo, e apresenta muitas coisas para o mundo de Eleanor, os quadrinhos e músicas, como as bandas The Smiths e The Cure, e com essa conversa toda já sabem que um belo casal irão formar né?
Eleanor tem em sua vida a maior dificuldade que é o padrasto, que é sempre estúpido e grosso com ela, além de sempre estar bêbado. A mãe está com ele, pois não tem como ter uma vida e ele os sustenta, mas passa bastante dificuldade. Em alguns momentos quis entrar no livro e interver em algumas situações, e a vontade de dar um tapa na cara do padrasto, e ajudar a família dela me acompanhou até o fim do livro. Às vezes dá vontade também de dizer umas verdades pra mãe dela, pra largar de ser tão submissa.
É importante ressaltar que esse livro não trata apenas de um romance, mas discute assuntos como: separação, violência, bullying, preconceito, e é o que Eleanor tenta se encaixar e tentar sobreviver o tempo inteiro, pois além do padrasto tem as colegas da escola, o grupinho de uma garota chamada Tina, que tenta humilhar Eleanor o tempo inteiro, e escreve em seus livros didáticos mensagens ofensivas, o que deixa Park um pouco nervoso com a situação. O livro se passa em 1986, o que nos faz refletir que desde a década de 80, esses assuntos são evidência na sociedade.
A família de Park, digamos que é a “típica família de comercial de margarina”, mas nem sempre, tem uma situação em que o pai de Park é meio bruto pois ele não consegue dirigir um carro, eu achei um absurdo tudo, mas enfim, tirando essa parte, eles são bem legais, no começo a mãe de Park é contra seu namoro com Eleanor, pois diz que está estragando sua vida e afins, diz isso, pois ele foi suspenso das aulas em alguns dias por defendê-la. Logo depois se acostuma, e começa a receber Eleanor sempre em sua casa, dá dicas de como se arrumar melhor, um amor.
A estória se passa no meio disso, e em tudo a vontade de querer um estar perto do outro. Claro que existem várias situações, que não vou citar se não ficará bem extenso. É o tipo de livro que eu recomendo que não irão se arrepender. O final não me agradou muito, mas assim como nos livros do John Green, imaginei novas formas para criar um novo final. O livro vai se tornar um bestseller e logo mais estará nas telonas, ainda não tem previsão de estréia nem lançamento do trailer do filme.
“A gente acha que abraçar uma pessoa com força vai trazê-la mais para perto. Pensamos que, se a abraçarmos com muita força, vamos senti-la, incorporada em nós, quando estivermos longe. Toda vez que Eleanor ficava longe de Park, sentia sua perda.”