A juventude que nunca morrerá

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Nessa sexta feira (28 de novembro de 2014), tivemos a triste notícia de que um dos heróis da infância foi convidado a tirar um sono eterno. Roberto Gómez Bolaños, o criador de Chaves e Chapolin, teve um marco muito grande na infância de muita gente, e hoje o que devemos fazer é agradecer por tantas coisas que aprendemos nesses seriados. Confesso que adorava irritar a minha mãe concordando com tudo que ela dizia com “isso isso isso”, ou com “ninguém tem paciência comigo”, até ela perder a paciência e me proibir de ver chaves por alguns dias.

Bolaños conseguia passar a simplicidade, a honestidade que toda criança deveria ter. Mostrou que você pode ser feliz com pouco, e o que importa na vida é a verdadeira amizade. Os desejos mais simples, deixava-o com uma alegria imensa, e tudo o que mais queria era um sanduíche de presunto. Ensinou que não é preciso ser o melhor da sala em desenho pra saber desenhar um porco, até mesmo criatividade o bastante para inventar uma história, como a da vaca no pasto.

Descanse em paz Roberto, Chespirito, Chavez, Chapolin, espero que no céu tenha coisas boas, inclusive eternos sanduíches de presunto. Ficamos tristes, mas muito mais felizes pelos seus exemplos, simplicidade, e por ter sido jovem até o final, pois essa juventude nunca morrerá!

“Existem jovens de oitenta e tantos anos, e também velhos de apenas vinte e seis.
Porque velhice não significa nada, e a juventude volta sempre outra vez!”

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Um comentário sobre “A juventude que nunca morrerá

  1. Liziane disse:

    Adorei o texto!! Também escrevi um pouco sobre isso no meu facebook, porque acho que todos sentiremos saudade desse humor que já é raro hoje em dia!

    Está um pouco difícil assimilar esse falecimento, e há tantos e tão variados motivos para isso que se torna impossível explicar em poucas palavras… Deixar que alguém nos divirta durante toda a infância, através da tela da televisão, causa aquela sensação irracional – mas deliciosa – de que ela sempre estará lá cumprindo sua nobre tarefa de nos arrancar risos e de nos transportar para uma realidade tecida em sonhos e sutilezas quase intangíveis na realidade de todos os dias.

    Em uma época de pós-modernidade, quando boçais cultuam programas do nível anencefálico de Pânico na TV, e prestam homenagem aos seus tristes e rasos interlocutores, será sentida, mais do que nunca, a falta do humor ingênuo que teve na imagem desse ator sua representação e continuidade. Sentiremos saudade do humor que não recorreria à nudez escrachada, à piada pronta, aos estereótipos de gênero, e dispunha, quase exclusivamente, da capacidade mais simples e profunda do ser humano: essa graça que existe só de sonhar em ficar preso numa loja de brinquedos, de dormir em um barril, de ter medo de beliscões, de responder ao professor usando da mais genuína honestidade infantil. Que permaneçam entre nós as lições despretensiosas do Chaves e sua turminha, os quais, através de um amor à profissão cada vez mais raro, souberam encantar gerações com criatividade, leveza e magia.

    Sigamos os bons…

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